Extradição de fundador do Megaupload pode levar anos

São Paulo - O fundador do Megaupload, Kim Schmitz, completa nesta terça-feira, quatro dias em prisão preventiva na cidade de Auckland, na Austrália. E de acordo com um especialista local ouvido pela rádio New Zeland, o processo de extradição do pedido pelos Estados Unidos pode se arrastar por anos.

Segundo Rick Shera, o caso de Schmitz é complexo e muito raro em todo o mundo. Para que o empresário seja extraditado, é preciso provar que os crimes os quais ele é acusado nos EUA também são considerados delitos na Nova Zelândia e puníveis com mais de 12 anos de prisão.

Schmitz é acusado pela Justiça americana de violação de propriedade intelectual, lavagem de dinheiro e crime organizado. Segundo as associações que movem processo contra ele, o Megaupload teria causado mais de 500 milhões de dólares em prejuízo às gravadoras e estúdios de cinema.

O juiz responsável pelo caso, David McNaughton, afirmou que uma aplicar uma fiança seria bastante complicado para uma decisão imediata, acrescentando que anunciará uma decisão por escrito até quarta-feira.

Schmitz, também conhecido como Kim Dotcom foi preso na última sexta-feira, trancado em um bunker e com uma arma na mão, em sua casa, na cidade de Auckland.

Essa não é a primeira vez que o alemão de 37 anos enfrenta problemas com a Justiça. Em 2002, ele foi capturado na Tailândia, acusado de dar um golpe em investidores de sua antiga empresa, a LetsBuyit. Na ocasião, Schmitz ficou detido por 20 meses.

Caso seja condenado nos Estados Unidos, a pena de Schmitz pode superar os 50 anos.

Fonte:
Info.Abril